O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno multifatorial, tem várias formas de apresentação e diferentes níveis de gravidade. Cada paciente é único - especialmente no autismo! Por isso, precisamos individualizar o paciente ao máximo e avaliá-lo com detalhes, pois, sendo uma condição complexa, o TEA pode influenciar os diversos sistemas da criança de diferentes modos. 

O pediatra tem como função coordenar os cuidados, trocando informações com as especialidades médicas que o paciente acompanha e terapias multiprofissionais realizadas. Esse diálogo é crucial para assegurar que o paciente receba os cuidados de uma maneira integrada, centrada em suas demandas, com maior eficácia. 

Na nutrologia pediátrica, temos uma grande preocupação associada ao TEA: a seletividade alimentar, condição que leva a respulsa e aversão a alimentos dependendo de algumas características, como cor, textura, temperatura, odor, sabor, enfim, há uma infinidade de combinações que podem ser encontradas e precisam ser avaliadas, a fim de detectar risco de deficiências nutricionais específicas, como: 

• Alterações de ingestão calórica, tanto pra mais quanto pra menos, podendo levar a quadro de desnutrição ou obesidade.
• Desbalanço na ingestão de micronutrientes, levando a deficiência de minerais e vitaminas, aumentando o risco de desenvolver doenças crônicas metabólicas e reduzindo a eficiência do sistema imunológico.
• Aumento do risco de disbiose (desequilíbrio da microbiota do trato gastrointestinal).

Além disso, sabe-se que os pacientes portadores de TEA são mais suscetíveis a apresentar sintomas  específicos do trato gastrointestinal, como constipação, dor abdominal, etc, podendo agravar ainda mais as dificuldades alimentares, levando a um ciclo vicioso muito danoso para o paciente. 

Estou aqui para ajudar a conduzir o tratamento do seu filho com autismo da melhor forma!